Bring yourself to things invisible”
“(…) Bring
yourself to things invisible”
Por
Hercus Santos
No dia 11 de Fevereiro de 2009 de
manhã, acordei muito mais cedo do que o costume. Mas depois fiquei deitado na
cama a olhar para o tecto do meu quarto. Não tinha vontade de me levantar da cama.
Eu queria dormir mais tempo, mas eu não podia. Eu tinha que me levantar mais
cedo, para preparar as coisas e depois ir para o aeroporto, para ir para
Portugal com o objectivo de estudar. Eu olhei em meu redor e senti-me muito triste.
Senti-me muito triste por deixar os meus pais, todos os meus familiares, amigos
e pessoas amadas. Sobretudo senti-me muito triste por deixar o meu quarto.
Senti-me muito triste mesmo, nesta manhã de solidão.
Eu continuava a olhar para o tecto do
meu quarto e os meus pensamentos estavam a voar. Eu estava a pensar sobre a
minha vida. Estava a pensar o que iria ser a minha vida no futuro. Eu sabia que
nesse dia eu ia sair do meu quarto. Sabia que, logo à noite, eu não podia
dormir mais neste quarto durante algum tempo. Talvez cinco anos. Sabia também
que, ao longo deste tempo, eu ia ter saudades do meu quarto, da minha cama, da
minha mesa de estudo, dos meus livros, do meu computador, do meu armário, do
meu oratório, de tudo o que tinha neste quarto. Eu voltei a olhar mais uma vez
em redor do meu quarto com um pouco mais de atenção. Voltei a ver as mesmas
coisas. Nada era novo. Tudo era igual. Todas essas coisas já estavam ligadas a
mim dentro da minha alma. Aliás, estávamos ligados uns aos outros. Tínhamos já uma
ligação afectiva bem profunda. Mas, no final, notei uma coisa: o meu quarto
estava muito limpo e arrumado. Pois, o meu quarto estava sempre bem arrumado,
porque eram a minha mãe, as minhas irmãs e mais algumas outras pessoas que faziam
sempre a minha cama. Normalmente, eu não era capaz de arrumar o meu quarto. Não
porque eu fosse preguiçoso, mas porque elas não me deixavam fazer isso. Eu sou
o filho mais velho dentro dessa grande família e eu sou respeitado dentro da
família e dentro da minha comunidade. Então, não era bom se eu fizesse isso.
Arrumar o quarto, fazer limpeza e cozinhar eram trabalhos que as pessoas não me
deixavam fazer. Para eu fazer esses trabalhos, eu tinha que os obrigar a
deixarem-me fazê-los. Mas, às vezes, eu ficava irritado com elas, se elas arrumassem
mal as coisas no meu quarto. Muitas vezes, por uma questão estética, elas
punham os meus livros como elas achavam melhor e, quando eu precisava deles, eu
tinha que procurá-los muito tempo.
Nesse dia, eu vi que o meu quarto estava
todo limpo e bem arrumado e, a partir desse dia, eu não ia mais estar aflito
com elas, porque eu ia deixar este quarto. Eu estava a olhar ao redor do meu quarto.
Desta vez eu estava a olhar com carinho. Como se fosse um namorado a olhar para
a sua companheira para não o deixar. Mas não havia outra alternativa. Eu tinha
que sair nesse dia por um determinado tempo. Até os meus livros, no dia
anterior, eu já tinha distribuído pelos meus familiares e amigos. Contudo,
lembrei-me de um livro e eu tinha que levar comigo esse livro. Um livro que
estava escrito em Inglês e que me tinha sido oferecido por um amigo meu no dia
do meu aniversário. Eu e ele andámos juntos na Companhia de Jesus: ele
continuava a estudar Filosofia no Ateneo da Manila University: uma universidade
que tem prestígio no Sudeste Asiático para nos tornarmos religiosos da
Companhia de Jesus. Este livro intitula-se Imitation
of Christ e é da autoria de Thomas a Kempis. Eu, por não ter vocação para
ser religioso, fui estudar para a Universidade Nacional de Timor-Leste com o apoio
do Superior da Companhia de Jesus de Timor-Leste naquela altura e com duas
amigas professoras de Língua Portuguesa; Professoras Maria Ângela e Isabel
Massa. Estas últimas eram luso-timorenses. Eram muito simpáticas e
trataram-nos, a nós seminaristas, como se fossemos seus filhos. Quando voltavam
de férias, elas traziam sempre alguma coisa para nós, como lembrança e como
sinal de carinho. Tínhamos uma muito boa relação com elas as duas. Eu considero-as
como minhas familiares. Tenho muito respeito por elas, como tenho respeito aos
meus pais e a outros familiares.
Eu estava deitado na cama e estava a
pensar procurar o livro, para o meter bem na mala, porque eu tinha medo de o deixar
sem querer. Eu tive que o pôr mesmo no fundo da mala. Eu queria levar o livro,
porque era muito importante para mim. Para além de ser uma oferta, este livro também
tinha um conteúdo cheio de inspiração e de motivação. Eu achava que o livro era
útil como um guia para a minha vida. Então, levantei-me, fui procurar o livro e
encontrei-o. Eu não pus o livro directamente na mala, mas abri-o e li uma frase
do primeiro parágrafo da penúltima alínea: “(…) bring yourself to things
invisible”. Esta frase tocou-me muito e eu continuava a ouvir o eco desta frase
nos meus ouvidos da alma, no meu coração. Dizem que este livro era um dos
livros mais importantes para os jesuítas.
Eu tinha orgulho de ter recebido este
presente. Talvez ele me conhecesse muito bem, porque eu gostava muito da
espiritualidade da Companhia de Jesus. Nós os dois fomos educados no colégio
dos jesuítas e tivemos uma formação na Companhia de Jesus em Timor-Leste. Foi
nesta altura que eu e os meus amigos tivemos um encontro com o Professor José
Mattoso e vimos o Dr. Rui Marques, que estava em Timor a ajudar a construir o Centro
Juvenil Padre António Vieira. Ele, depois de alguns anos, viria a fundar um
partido em Portugal chamado MEP (Movimento
da Esperança de Portugal). Pessoalmente, eu não tinha tido contacto com o
Dr. Rui Marques. Eu só tinha tido contacto com o Professor José Mattoso, quando
eu era o Presidente da Associação dos Estudantes do Departamento de Língua
Portuguesa. Nessa altura, eu fui contactado pela esposa para organizar uma
oração de sapiência. Eu, como não sabia o que é que isso queria dizer, pensei
que talvez fosse uma espécie de oração ou, se calhar, uma missa. Afinal, era
uma palestra. Acho que foi a primeira oração de sapiência que foi organizada na
Universidade Nacional Timor Lorosa’e. Eu não sabia bem sobre isso. Mas depois a
gente vê se isso é verdade ou não. Foi então que eu tive contacto com ele e
também num dia em que ele me pediu para fazer uma tradução para o catálogo do
Museu e Arquivo da Resistência de Timor-Leste. Ele era o responsável do
processo da sua fundação.
Eu parei um pouco de pensar em outras
coisas. Voltei a ler mais uma vez esta frase. Eu li devagar, como se eu engolisse
letra a letra da frase dentro da minha alma. Senti uma grande alegria; a minha
alma alegrou-se na mão do Senhor. Esta frase ajudou-me a ter esperança na vida.
Sim, sentia-me triste por deixar pessoas amadas em Timor, mas, ao mesmo tempo,
vi com ânimo o futuro. “(…) bring yourself to things invisible”. Esta frase
continuava viva na minha memória. Pois coisas invisíveis eram coisas do futuro:
o meu futuro. Agora, o mais importante do meu futuro próximo era estudar. Aliás,
estudar em Portugal. As coisas que podia ver eram tudo aquilo que já tinha
feito. Mas agora eu tinha que lutar por uma vida melhor no futuro. Do futuro,
ninguém sabe. Ele é cheio de coisas invisíveis, mas se eu conseguir tirar um
curso em Portugal, a minha vida será diferente e eu vou contribuir com “alguma
coisa” para o processo de desenvolvimento do meu país. Eu tenho que ser
criativo na minha vida. Eu tenho que estudar para fazer uma transformação na minha
vida e poder fazer alguma coisa para o bem do meu país. Eu tenho que ser
criativo como o nosso herói Xanana Gusmão, que, na sua juventude, teve que
estudar e trabalhar. Ele passou uma vida difícil. Mas agora já é um grande
herói de Timor. A história do General Taur Matan Ruak também é igual. Passou
uma vida difícil em Díli nos anos 70. Rui Lopes também, mas agora é um dos
grandes empresários timorenses. Ele tem muito sucesso na Austrália. Lembrei-me igualmente
do Maun Fred Ferreira, que eu tive oportunidade de conhecer pessoalmente. Ele é
português, foi para a Austrália e já é um dos grandes empresários da Austrália.
Ele, para conseguir ter grande sucesso na sua vida empresarial, passou por
vários desafios. Então, essas grandes pessoas ensinam-me muitas coisas. Pelo
menos, ensinaram-me uma coisa naquele momento, que era a coragem para lutar por
uma vida melhor. Se eles não tivessem tido essa coragem para lutar, eles iriam
abandonar todo o seu “sonho” de construir uma vida melhor. Lembrei-me dessas
pessoas e tive mais coragem e esperança para partir. Eu ia continuar a sentir
tristeza por deixar todas as pessoas amadas que faziam parte da minha vida.
Contudo, essa tristeza já era um pouco diferente. Eu já conseguia ver essa tristeza
como um desafio a conquistar. Não era para ficar parado com essa tristeza, mas
eu tinha que compensar essa tristeza com algo bom. Eu tinha que sair do meu
quarto nesse dia para ir estudar em Portugal e voltar um dia com alguma coisa
na mão.
Nessa manhã bem fria, eu ainda estava
no meu quarto a pensar e a pensar. A pensar sobre a minha vida simplesmente, porque
esse dia era muito diferente dos outros dias. Era um dia determinante para a
minha vida invisível do futuro. Eu estava a pensar como seria a minha vida
depois de sair desse quarto. Ninguém sabia e eu também não. Eu estava só no meu
quarto. Gosto muito do meu quarto. No meu quarto eu estava a pensar e a pensar
sobre todas as possibilidades da minha vida no futuro. Lá fora ouvia-se o
barulho das conversas dos familiares. Às vezes eles riam-se. Eles estavam a
falar coisas que não percebia. Sobretudo porque eu não estava atento às
conversas deles. O meu pensamento e a minha imaginação estavam a voar. Ou, se
calhar, podemos dizer que o meu corpo estava dentro do meu quarto e que a minha
alma estava noutro mundo. Um mundo qualquer. Um mundo invisível das coisas
invisíveis.
Eu estava a pensar muito. Estava a
pensar muito no meu quarto. Eu estava a pensar se iria ter sucesso nos meus
estudos em Portugal ou não. Eu não sabia responder naquele momento. Eu só sabia
que eu tinha que voltar com um diploma na mão. Contudo, isso seria possível? Eu
estava a pensar nisso muitas vezes. Eu já pensava nisso há muito tempo no meu
quarto. Voltei a pensar nisso outra vez, pois sabia que ia ter vontade de
estudar. Também sabia que isso não seria fácil. Eu tinha consciência que, em
Timor, eu era conhecido como um dos melhores alunos da Universidade Nacional de
Timor Lorosa’e. Aliás, toda a gente que me conhecia tinha respeito por mim, por
eu ser inteligente. Mas isso era em Timor. Quando chegasse a Portugal, já ia
ser diferente. Eu também não precisava de ser o melhor aluno. Isso nem pensar!
Nem bom aluno! Mas seria importante ter notas suficientes para passar às cadeiras.
Pelo menos eu ia tentar estudar. Estudar dentro das minhas possibilidades, porque,
para passar só de ano, eu já não sabia se eu conseguiria ou não. Não sabia se
poderia tirar um curso superior em Portugal dentro dos 5 anos previstos no meu
contrato com o Ministério da Educação de Timor-Leste ou não. Eu sinceramente
não sabia. As pessoas não iam pensar que tínhamos sido educados num sistema
diferente do de Portugal. A qualidade de ensino era diferente. Os materiais que
utilizávamos no processo de ensino eram muito limitados. O nosso currículo
também era diferente. Nas disciplinas sociais, nós, jovens estudantes
timorenses, tínhamos um nível de conhecimentos bem diferente do dos jovens estudantes
portugueses em Portugal. Eu achava que a maioria dos estudantes portugueses ia
ter uma continuidade dos seus estudos ou que eles deviam ter adquirido
conhecimentos básicos no seu curso anterior do secundário e iam aprofundá-los
mais nas Universidades. E nós? Eu achava que nós, estudantes timorenses das
ciências sociais, íamos começar do zero. Como se começássemos os estudos de
novo. Como se nós estivéssemos no primeiro ano do ensino básico, estudando sem
nenhuns conhecimentos prévios. Ainda por cima, o nosso conhecimento da língua
portuguesa era muito limitado. Eu pensava que essa questão de estudar sem
nenhum conhecimento prévio em Portugal devia ser resolvida com uma política do
governo timorense de uniformização dos “syllabi” ou das matérias de todos os
níveis de ensino de Timor com os de Portugal. O governo devia adoptar uma
política para o nosso sistema de educação. Um modelo, aliás, para facilitar mais
a competitividade dos estudos dos estudantes timorenses a nível europeu, porque
Portugal faz parte da União Europeia. Então, o sistema de Portugal responde às
necessidades globais da União Europeia. Assim, adoptar o modelo de ensino
português seria uma grande vantagem.
Em relação ao conhecimento limitado
do português, com o tempo ia-se resolvendo. Sobretudo, eu achava que era muito
fácil estudar a língua portuguesa em Portugal. Eu tinha a certeza que, quando
eu estivesse em Portugal, bastaria querer aprender português e eu ia ter
estudado logo sem ter nenhum obstáculo. Não seria verdade, se eu pensava que em
Timor era fácil aprender português, então seria muito mais fácil aprender
português em Portugal? Isso era lógico, não era? Porque em Timor havia cursos
de português em todo o território sem se pagar nada. Os estudantes que queriam
aprender português não pagavam nada, porque os cursos eram financiados pelos
governos timorense, português, brasileiro e de outros países de língua oficial
portuguesa. Então, quando eu fosse para Portugal, eu ia ter mais facilidade de
seguir um curso de língua portuguesa. Esperava que assim fosse em Portugal…
No meu quarto, eu estava a pensar que
as entidades portuguesas que têm a responsabilidade de ensinar português poderiam
ver-nos, estudantes timorenses em Portugal, como um investimento nos recursos
humanos, na política da reintrodução da língua portuguesa em Timor. O estado
timorense também tem essa responsabilidade por ter adoptado a língua portuguesa
como uma das nossas línguas oficiais. Senão, no futuro irá ter problemas no
seio da comunidade timorense. Pelo menos, fazer aquilo que o general Taur Matan
Ruak falou na imprensa nacional de Timor-Leste, realizando-se a avaliação dessa
política de reintrodução da língua portuguesa em Timor. Todas as entidades que
têm essa responsabilidade na reintrodução da língua portuguesa deviam ter essa
consciência de como reintroduzir a língua portuguesa na comunidade timorense. A
língua portuguesa não devia ser dominada só por um grupo de pessoas das elites
timorenses, nem podia ser dominada só pelos que têm contactos ou boas relações
com o estado português. A língua portuguesa devia ser para todos os timorenses.
Na parte que me toca, eu já fiz uma
pequena contribuição em Timor-Leste na política de reintrodução da Língua
Portuguesa. Não foi grande coisa, mas, pelo menos, eu já fiz traduções para
algumas obras de algumas personalidades portuguesas em Timor. Além disso, eu
era tradutor do jornal Lia-Foun, um jornal bilingue tétum-português. Este é um
jornal com bons objectivos e alguns professores universitários de Língua
Portuguesa, afinal, estavam a usar esse jornal na sua sala de aula. Eu soube disso,
porque houve uma professora que mo disse noutro dia. Outros colegas professores
contaram-me a mesma coisa. Eles tinham usado o material do jornal para ensinar
português na sala de aula, porque os estudantes iam compreender mais a
gramática do português com a ajuda do jornal Lia-Foun. Os estudantes até poderiam
também apreender o “bom tétum”: o tétum padronizado. Foi pena o jornal ter que
ser fechado por falta de apoios das entidades ligadas à reintrodução da língua
portuguesa em Timor. Por isso, eu tive medo de também não ter apoio na minha
vontade de aprender português em Portugal. Mas pronto, essa era a nossa
realidade!
Eu continuava a pensar no meu quarto.
Eu estava a pensar que, depois de conseguir tirar o meu curso de direito em
Portugal, eu poderia voltar e ensinar numa Universidade do Estado de
Timor-Leste. Apesar de ter sido uma vez convidado para me candidatar ao Parlamento
Nacional de Timor-Leste, eu, naquela altura, só aceitei como candidato suplente
por pensar que eu ainda não estava preparado para me meter na vida política. Aceitei
com essa condição, por pensar que seria uma boa experiência para ver as minhas
potencialidades na política e, no final, soube que a vida política não me
interessava muito, por eu não ter jeito para fazer política, nem para “saber
mentir” para conquistar os votos da população. Mesmo assim, houve pessoas que
me convidaram para entrar num partido, mas eu já tinha a certeza que a minha
preferência era ensinar numa universidade do estado de Timor-Leste.
Alternativamente, se eu pudesse, eu queria ser um intelectual para ter uma
melhor contribuição, sem misturar coisas partidárias. Se eu pudesse ensinar
português em Timor, seria também uma boa opção. Ou até poderia haver
oportunidades para ser um bom tradutor de português-tétum. Traduzir bons livros
literários, de ciências sociais ou de ciências naturais ou até de matérias de
direito para tétum seria um bom trabalho no futuro. Então, para realizar uma
boa reintrodução da língua portuguesa em Timor, a responsabilidade será de
todos nós: povo e estado timorenses e povo e estados de Língua Oficial
Portuguesa.
Contudo, eu ainda continuava a ouvir
o barulho das conversas dos familiares lá fora. Desta vez, eu tinha que me
levantar para me preparar bem, antes de me despedir dos meus pais, tios,
irmãos, primos, outros familiares, amigos e pessoas conhecidas que, afinal,
estavam a falar com lágrimas lá fora, por sentirem a minha falta e por eu não
estar com eles durante algum tempo num futuro próximo. Eles todos me amavam muito.
Eu, com tanta tristeza, tive que sair do meu quarto e abracei-os, um por um. Depois,
preparei-me bem para ir para o aeroporto, para partir para Portugal para
conquistar uma vida melhor. Naquele dia, eu tive dois sentimentos opostos:
tristeza e esperança. Eu senti-me triste por deixar pessoas amadas da minha
vida e, ao mesmo tempo, tive esperança de olhar para o futuro. Mas eu continuava
a pensar em outras coisas na minha cabeça. Coisas da vida. Coisas invisíveis do
futuro e a frase de Thomas a Kempis continuava a cantar dentro da minha alma: “(…)
bring yourself to things invisible”.
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